Ariano Intenso - Cinéfilo - Fã de Star Wars, Iron Maiden, fotografia, arte e cerveja.

segunda-feira, 27 de abril de 2009

Sempre as Segundas


Há certas segundas-feiras em que dá uma preguiça de tudo. Você acorda de manhã, está friozinho, não tem sol lá fora, e o primeiro pensamento é "ah, não..." Deixa eu ficar aqui embaixo, encolhido. Deixa eu não ter que sair para enfrentar a barra do dia, para matar tantos leões, para ter de batalhar tanto por "sins", tendo que ouvir tantos "nãos". Aí você vê o mundo lá fora se mexendo e percebe que não é possível ficar parado. Que já passou o tempo de torcer para ficar doente e não ter de ir para a escola. Não há espaço para a fadiga. Nem para a fuga. Sua professora não é mais o único interlocutor a ser conquistado. Sua mãe não lhe oferece mais toda a guarida e a proteção de que você precisa na vida. Sua mulher já levantou e está vestindo as crianças para você levá-las ao colégio. Em seguida ela vai colocar uma roupa bacana (que mulher elegante, meu deus do céu, você é um homem de muita sorte) e sair para lutar a sua própria luta. Então você sai da cama, lava o rosto, faz a barba e escova os dentes olhando-se nos olhos, à frente do espelho. O dia engata a primeira marcha. Você pega no tranco. E não raro até acelera, dirige diretinho, faz curvas com rapidez e destreza, arrisca com sucesso uma ou duas ultrapassagens. Mas nem mesmo batendo o recorde da pista você é capaz de esquecer aquela modorra pegajosa, perigosa, que tomou conta de você de manhãzinha. Ela é um vulto que o persegue, como que querendo lhe dizer algo, como que sussurrando uma mensagem fundamental que você faz de tudo para não ouvir e não entender.


Nesses dias, confesso, só um bom risoto me redime.

sexta-feira, 24 de abril de 2009

A mania de querer agradar a todo mundo



Um clichê: unanimidade não existe. Outro clichê: toda unanimidade é burra. (Thanks, mestre. Para quem não sabe, a frase é de Nelson Rodrigues. Leia Nelson Rodrigues. Não me refiro à dramaturgia. Mas aos textos que ele publicou na imprensa, pérolas confessionais, que de alguma forma eu tento emular aqui e que estão entre as melhores páginas da literatura brasileira. Mas divago. Voltemos.) O fato é que você nunca conseguirá agradar a todo mundo. E ter essa preocupação é o caminho mais curto para a frustração e para o sofrimento. É como secar gelo. (Opa, outro clichê.) Enfim, trata-se de um esforço inútil.

Claro que você não pode usar essa percepção como um argumento íntimo para mostrar uma banana para todo mundo e viver a vida com a tecla FDS apertada no automática. É sempre bom saber olhar a si mesmo com os olhos dos outros, de vez em quando. Fazer o balanço periódico da sua visão das coisas com a visão que os outros têm delas. O que não dá é para eleger como objetivo supremo de vida ser amado por todo mundo. Primeiro, já disse, porque é impossível. Depois, e mais grave, porque isso é colocar a sua autoestima na mão dos outros. E não há risco maior. Tem gente, os predadores emocionais, que não são poucos, que faz miséria se perceber que você lhes abriu essa porta.

Eu tenho historicamente essa mania de querer agradar. É um dos meus desvãos, dos quais eu tenho consciência, e que vão me dar o trabalho de uma vida inteira para pavimentar. Então nunca convivi bem com a desaprovação alheia, com a secura e aridez dos interlocutores. Tomei muito tempo para perceber que a grande maioria dessas reações não estava sob o meu controle. E caía como um marrequinho na armadilha daquelas pessoas que usam a chantagem emocional como uma ferramenta de controle. Hoje tento fazer um triagem mais equilibrada dos feedbacks que recebo. Jamais serei aquele cara que não dá a mínima para o que os outros vão pensar, vão dizer, para como as outras pessoas vão me enxergar. Faço, quase sempre, questão de oferecer às criaturas que travam contato comigo a melhor experiência possível.

E eis o que tenho a declarar: é uma sensação muito boa depender menos da aprovação dos outros para ser feliz.

quarta-feira, 22 de abril de 2009

Quem são seus detratores?


Funciona assim: se uma pessoa de quem eu gosto muito gosta muito de outra pessoa, as chances de eu virar um admirador dessa outra pessoa são grandes. Assim como se alguém de quem eu quero distância gosta muito de um outro alguém, é natural que eu tenda a achar que esse outro alguém também não vale a pena.

É um exercício tremendamente interessante você prestar atenção àquelas pessoas que gostam de você no mundo do trabalho. E não só nele. Mas vamos lá. Quais são os seus aliados na empresa? Quem lembra com saudade de você nos lugares por onde você passou? O que essas pessoas têm em comum, além de simpatizarem com você? Ao enxergar as características comuns a essas pessoas, você provavelmente estará enxergando as suas próprias características. Trata-se de um espelho bastante fidedigno. Seus fãs dizem muito a seu respeito. Se essas pessoas são todas imbecis, é possível que você seja um imbecil também. Ou, ao menos, alguém que adora, ainda que inconscientemente, andar com imbecis para, no contraste, se sentir melhor, engrandecido, dono do mundo. Se seus admiradores não tiverem um pingo de caráter, é possível que você também seja bem fraco nessa área. Se forem pessoas talentosas, é possível que você pertença ao clube do talento. E assim por diante.

Da mesma foram, analise seus desafetos. Quem lhe detesta? Quem foge do contato com você? Se forem, na média, pessoas legais, bacanas, éticas, opa, páre e repense tudo. Pode ser que você esteja passando uma imagem de ser um tremendo fdp. Então decida que se é isso mesmo que você quer ser na vida. E aí acelere ou dê um cavalo de pau em sua trajetória. Agora, se a maioria absoluta dos seus detratores forem pessoas sem escrúpulos, insidiosas, malévolas, daquelas que causam um desequilíbrio na Força com o seu culto ao Dark Side, sinta-se feliz, realizado, e comemore muito nesse fim-de-semana, e nos próximos, o fato de você ter inimigos que dizem tanto ao seu favor mesmo vociferando palavras no sentido contrário e adversários que a cada gesto de agressão que realizam só fazem aproximá-lo ainda mais das pessoas que contam.

Entrevista: CIO da Casas Bahia

Rede inaugurou loja virtual mais tarde que concorrentes, mas Frederico Wanderley quer na web o mesmo sucesso da rede física


Ele é um entusiasta e grande defensor do mainframe. É absolutamente contra a terceirização em TI. Prima pelas tecnologias de ponta, que busca em feiras ao redor do mundo e testa na maior rede varejista do Brasil. O condutor da TI da Casas Bahia não sabia nada de tecnologia da informação quando, em dezembro de 1993, depois de quase 20 anos trabalhando na companhia, recebeu do fundador Samuel Klein a missão de dirigir o departamento. Frederico Wanderley encarou de frente. Na época, em vez de seguir o caminho da maioria das empresas rumo à plataforma baixa, preferiu apostar na evolução do mainframe. E, na contramão, esteve também quando, em 2001, adotou o sistema operacional Linux. Mais recentemente, inaugurou um novo centro de tecnologia em São Caetano do Sul, fruto de um investimento de R$ 20 milhões. Sua última empreitada, em 2 de fevereiro, foi o lançamento (ainda que tardio) da loja virtual, cujos detalhes o executivo contou à InformationWeek Brasil nesta entrevista que vai muito além do e-commerce.

InformationWeek Brasil - A Casas Bahia preparou-se durante anos para o lançamento do e-commerce. Por que a demora para entrar no comércio eletrônico?

Frederico Wanderley - Antes, a Casas Bahia não tinha interesse em entrar no e-commerce. Não porque não seria uma boa ideia, mas não era filosofia do grupo. Mas, independentemente disto, a TI estava preparando a loja. Nós queríamos fazer um projeto que fosse totalmente diferente do que existe, porque a Casas Bahia usa mainframe e precisávamos ter a mesma plataforma, e o mercado de e-commerce trabalha com plataforma baixa.

IWB - O que muda?

Wanderley - Muda muito, porque as lojas virtuais que existem no mercado estão segregadas, ou seja, estão hospedadas em um site preferencial e enxergam o depósito delas. Na loja virtual da Casas Bahia não: o processo é diferente, a enxergamos como mais uma loja dentro da nossa cadeia. A loja virtual está diretamente acessando o estoque, que não é só dela, mas da empresa como um todo. E usa também o mesmo sistema de logística.

IWB - O CRM e BI também estão acoplados?

Wanderley - Temos em todas as lojas a mesma estrutura (que inclui BI e CRM), e isto não muda no caso da virtual.

IWB - Os quatro anos que vocês demoraram fazendo o e-commerce não foi apenas a parte de TI, mas também a de planejamento negócios. O que foi mais difícil?

Wanderley - Foi justamente deixar a plataforma e o sistema prontos para entrar a parte comercial, porque esta é a mola mestra do sistema. Hoje, somos referência mundial da IBM em e-commerce, porque não existe nenhum cliente no mundo fazendo na loja virtual o que fazemos em mainframe, com banco de dados acoplado e como se fosse uma venda na loja física. E tem o diferencial de uma velocidade muito grande.

IWB - Isto se deve ao mainframe?

Wanderley - Mainframe é muito rápido, então, fornece uma resposta muito rápida ao processo e nós colocamos dois links de 100 megas somente para loja virtual. Fizemos testes de estresse e chegamos a mais de 10 mil clientes no mesmo segundo sem problemas.

IWB - Quanto a loja virtual vai representar para a casas bahia?

Wanderley - Fizemos estudos para que no ano que vem chegássemos a 2% das vendas da empresa pela loja virtual. Você pode até dizer que 2% não é nada, mas temos faturamento de R$ 14 bilhões, então, qualquer 1% é muito.

IWB - Como estão os acessos?

Wanderley - Monitoramos constantemente o acesso e percebemos que o grande volume é no horário comercial, com número maior de vendas no período da tarde. Nos 17 primeiros dias de existência, tivemos uma média diária de cerca de 70 mil a 80 mil acessos. E não fizemos propaganda ainda.

IWB - Vocês estabeleceram uma meta para o cartão Casas Bahia de 4 milhões de clientes para entrar no e-commerce?

Wanderley - Na verdade, não foi estabelecido este objetivo para entrar no e-commerce. A empresa se deu uma meta do cartão de bandeira Visa e acreditava que os 4 milhões era um patamar ideal para entrar com loja virtual.

IWB - Qual é a relação?

Wanderley - A relação é que nosso cliente é das classes C e D - e nossos cartões estão nesta faixa. Assim, você cria uma base, porque no comércio eletrônico o cartão é a base para a compra. Houve um aumento na aquisição de computadores, mas isto não foi o determinante, mesmo porque o pessoal usa o computador do trabalho.

IWB - Como está composto o investimento de R$ 3,7 milhões na loja virtual?

Wanderley - Não posso abrir esta composição, mas diria que uns R$ 3 milhões foi para tecnologia e o resto para publicidade e outros processos.

IWB - Mudando de assunto, a Casas Bahia fez alguns testes com RFID. Qual é a estratégia para a etiqueta por radiofrequência?

Wanderley - Estamos pesquisando há dois anos, fazendo o levantamento dos dados, investindo, ganhando conhecimento, buscando saber em feiras e eventos internacionais como está a adoção. Lá fora estão usando a RFID em quase sua totalidade nos pallets, mas isto não nos atenderia. Queremos fazer a administração do nosso depósito e do centro de distribuição. Então, tem de ser por item. Fizemos um projeto piloto durante a superloja no Anhembi (SP). Cada produto saía do centro de distribuição em Jundiaí (SP) com as etiquetas inteligentes e no Anhembi colocamos portais para a leitura. Começamos o projeto em 21 de novembro. As informações iam direto para nossos sistemas, para, por exemplo, fazer o controle de estoque. Conseguimos ler 95,3% das etiquetas.

IWB - O custo ainda é uma barreira para uma adoção maior?

Wanderley - O caro é relativo. A etiqueta quando começou era cara, saía em torno de US$ 2 cada, mas hoje não. Para o projeto do Anhembi, mandei buscar nos Estados Unidos e ela custou centavos de dólares. Então, US$ 0,20 é caro para controlar o estoque, desvio, informações em tempo real? Você deve levar em consideração todos os ganhos. E o pioneiro paga por isto mesmo, não tem jeito. Quanto custa você ter todo o complexo de gente para fazer o inventário demorado?

IWB - E agora qual é o próximo passo?

Wanderley - Estamos fazendo a análise da viabilidade em função do que vimos no Anhembi e vamos fazer um projeto para que todos os depósitos e lojas passem a ter RFID.

IWB - Que balanço você e a diretoria fizeram?

Wanderley - Muito positivo. A receptividade foi boa, tanto entre os funcionários como a diretoria, que gostou. Você passa a ter um controle da loja maior, faz inventário rapidamente, tem várias mudanças que são perceptíveis para qualquer funcionário. Imagina a diferença no descarregamento de caminhão: no tradicional leva duas horas e com RFID, meia hora.

IWB - No futuro, você imagina que a etiqueta virá no produto?

Wanderley - Já estamos conversando com alguns fornecedores para embarcar a etiqueta. O que é fabricação nossa - como os móveis - estamos trabalhando para sair com a etiqueta. A tendência é esta e o processo em si, irreversível. Pode levar um pouco mais de tempo agora por causa da crise mundial, que vai fazer muita gente suspender investimentos, o que eu acho uma grande maluquice, porque você tem de avaliar a tecnologia como aumento de produtividade. Mas cada empresa age como melhor achar, mas, se todo mundo começar a adotar o padrão de RIFD, será igual ao processo de código de barras.

IWB - Qual é a meta?

Wanderley - Espero em breve, dentro de um ano ou 1,5 ano, começar a ter RFID em uma boa parte de lojas e depósitos. Vamos melhorar a parte de abastecimento e definir onde colocar a etiqueta. Parece tão simples, mas tem de ter padrões e estabelecer os processos, que representam cerca de 60% do projeto de RFID. Nosso projeto engloba até a entrega na casa do cliente, com antenas no caminhão e com GPRS para dizer a posição e se está entregando certo.

IWB - Há quantos anos você está na Casas Bahia?

Wanderley - Não gosto muito de falar de minha trajetória... Dia 5 de março, completei 34 anos de empresa. Comecei na área financeira, numa quarta-feira de cinzas de 1975, imagina um pernambucano que sou, com o carnaval na veia (agora não está mais) chegando às sete horas da manhã (risos). Fiquei na área até 1992, quando a empresa extinguiu a financeira. De 1992 a 1994, assessorei seu Samuel [Klein, fundador da Casas Bahia] e, em dezembro de 1993, houve uma modificação na área de tecnologia, cujo antigo gerente havia saído, e me chamaram para assumir.

IWB - O que você conhecia de TI?

Wanderley - Nada. Eu era um grande usuário de informática. Peguei o pepino na mão na época do downsizing e nós tínhamos mainframe, que era o 3090, da IBM, um equipamento resfriado a água, parecia um computador de jogos de guerra, enorme, pesado... Entrei para tomar conta e, ao invés de fazer o downsizing, fui para o 9121, que era cem vezes mais forte que o outro. Desde então, só fomos aumentando a tecnologia no mundo de mainframe até que, hoje, temos o System z10. Temos muitas transações (saímos de 425 mil clientes, em 1994, para 16 milhões, em 2004) e precisamos de um equipamento com alto desempenho. Hoje, temos dois sites (não é site backup) trabalhando em paralelo. Tudo que existe em um tem no outro, eles trabalham juntos, com carga balanceada, concomitantemente. É altamente estabilizado.

IWB - E isto tem a ver com a tecnologia WAAS (wide area application services)?

Wanderley - O WAAS é um sistema que evita que você trafegue na rede a mesma informação várias vezes. Com isto, ganhamos velocidade. No primeiro teste de viabilidade que fizemos no atendimento do SAC, que é muito interativo e busca muitas informações, verificamos que o tempo de uma aplicação que demorava 20 segundos caiu para um segundo. E isto vale para qualquer coisa que transite pela nossa rede.

IWB - Por que a Casas Bahia é contra a terceirização?

Wanderley - A filosofia da Casas Bahia parte do princípio que somos nós que conhecemos o negócio. Os funcionários da tecnologia, por exemplo, são antigos, estão em média há 14 anos aqui. O que acontece na terceirização: você chama o consultor, mas ele não conhece o seu negócio, não entende e demora. E a Casas Bahia é muito rápida. Se tiver mudanças, tenho de fazer rapidamente. Todos os dias eu almoço com a presidência [para estar alinhado].

IWB - Como a presidência enxerga a TI?

Wanderley - Ela entende que a TI é a propulsora para atender a todo este público, por isso, que dão carta branca para investir.

IWB - De quanto é seu orçamento?

Wanderley - Não tenho definido, porque em TI você não pode ter um orçamento fixo, a tecnologia é muito rápida. Se você trabalha em cima de orçamento fixo, não parte para a tecnologia de ponta. Lógico que não vou usar qualquer tecnologia, já sei o que é bom para a empresa. Tem de ver se aumentou produtividade, melhorou os custos e a satisfação do cliente.

IWB - Você tem alguma estatística de quanto representa cair o sistema?

Wanderley - Se o sistema ficar parado por uma hora numa data como o dia das mães, que vende em torno de R$ 120 milhões, a Casas Bahia perde uns R$ 10 milhões na hora. Por isso, temos um sistema redundante, totalmente em tempo real e que trabalha independentemente, além de links de contingência com várias operadoras.

IWB - Os diretores controlam as vendas em tempo real. Como são estes painéis?

Wanderley - A Casas Bahia é uma empresa 100% tempo real. Qualquer transação que acontece temos a informação na hora. Então, os diretores vêem suas informações real time. Temos uma tela de vendas por hora, atualizada a cada segundo e que mostra as tendências do dia, se vai atingir os objetivos, quanto será o faturamento. Isto ajuda a acelerar a cobrança nos diretores e gerentes de lojas. É um sistema desenvolvido por nós e atuamos em tempo real desde 1997. Fomos fazendo com as ferramentas que existiam na época e depois melhorando.

Exportação de serviços TI no país atinge R$ 2,3 bilhões em 2008

O Brasil movimentou R$ 2,3 bilhões com offshore outsourcing em 2008, dos quais 93% são referentes a serviços de TI e o restante a terceirização de processos de negócios (BPO, na sigla em inglês), segundo estudo encomendado à IDC Brasil pela Associação Brasileira das Empresas de Tecnologia da Informação e Comunicação (Brasscom). De acordo com a pesquisa, os EUA foram os maiores consumidores de offshore outsourcing do país, contratando aproximadamente R$ 1,8 bilhão em serviços no período O estudo revelou ainda que projetos de desenvolvimento de sistemas, manutenção e gerenciamento de infraestrutura foram os serviços mais exportados pelo país, totalizando cifras de R$ 876 milhões, R$ 608 milhões e R$ 366 milhões, respectivamente. Já o mercado brasileiro de BPO offshore respondeu por R$ 150 milhões do total gerado. No segmento de serviços de desenvolvimento offshore a receita total foi de R$ 1,65 bilhão, sendo que as linguagens de programação Cobol e Java lideram a oferta de tecnologia, respondendo por R$ 554 milhões e R$ 345 milhões, respectivamente. De acordo a IDC, o cenário político brasileiro estável e o fortalecimento da economia demonstraram maturidade, tornando o país um destino de offshore. Mesmo com a crise, o instituto de pesquisas vê boas oportunidades para o mercado brasileiro, com potencial para suportar as exportações. Entre as vantagens do país para o offshore outsourcing, a IDC destaca o forte mercado doméstico, os incentivos do governo, o fuso horário conveniente e compatibilidade cultural.

terça-feira, 14 de abril de 2009

Capitão; a nação tricolor te aguarda!


Força meu capitão!!!Na hora da adversidade só os fortes prevalecem, e você é um vencedor um espelho de luta e perseverança que nos motiva a ser sempre vencedores no que fazemos.
Tenho certeza absoluta que dará a volta por cima, não será um revés que irá derrubar um campeão como você.
By Blog do Perrone.

sexta-feira, 10 de abril de 2009

The Rime of the Ancient Mariner


A música mais longa do Iron Maiden, 13min e 35min sua letra foi inspirada no poema escrito pelo poeta inglês Samuel Taylor Coleridge entre 1797–1799, publicado na primeira edição do seu Lyrical Ballads (1798). É considerado um dos poemas mais importantes de Coleridge, que marca o início da Literatura romântica em Inglaterra.

História
A obra relata eventos sobrenaturais vivenciados por um marinheiro durante uma longa viagem pelo mar. O marinheiro pára um homem a caminho de uma cerimônia de casamento e começa a relatar sua história. A reação do convidado da cerimônia transforma-se de impaciência à fascinação com o desenrolar da história contada pelo marinheiro.

O que ele conta começa com seu barco em sua jornada. Apesar de tudo ocorrer bem no início, o barco é desviado do seu caminho durante uma tempestade e, direcionando-se ao sul, alcança a Antártica. Um albatroz aparece e guia os tripulantes para fora da Antártica. Apesar da ajuda do pássaro e do carinho que a tripulação agora tinha por ele, o marinheiro atira e mata o animal. Os outros estão irados com o marinheiro, por acharem que o albatroz havia trazido os ventos que os levaram para fora da Antártica. Entretanto, mudaram sua opinião quanto o clima se tornou mais agradável e o nevoeiro se dissipou. O crime despertou a ira dos espíritos sobrenaturais, que então passaram a perseguir o barco "a partir da terra do nevoeiro e da neve". O vento que inicialmente os levou para fora da terra da neve agora os havia levado para águas calmas. Agora eles estavam há dias parados, sem vento, e o estoque de suprimentos estava acabando.

A tripulação muda de idéia novamente, e culpa o marinheiro por sua sede ("água por todos os lados, nem uma gota para beber"). O barco então encontra um barco fantasma pelo caminho. À bordo estão "A Morte" (um esqueleto) e "O Pesadelo da Vida na Morte" (uma mulher pálida tal como morta), ambos jogando dados apostando as almas da tripulação. Eventualmente "A Morte" ganha a vida da tripulação e "A Vida na Morte" ganha a vida do marinheiro, um prêmio que ela considera mais valioso. Seu nome é um indício do destino do marinheiro: uma vida pior que a morte como punição por ter matado o albatroz.

Um a um, toda a tripulação morre, restando apenas o marinheiro, que vê por sete dias e noites a maldição nos olhos dos cadáveres de sua tripulação. Enquanto o marinheiro reza, o albatroz cai de seu ombro. Eis que, possuídos por bons espíritos, os corpos da tripulação levantam-se e guiam o barco para casa novamente, por fim afundando em um redemoinho. O único que não afunda com o barco é o marinheiro, que é avistado por um eremita na terra. Este, com a ajuda de um homem e seu filho, vai ao encontro do marinheiro em um barco. A princípio eles pensam que o marinheiro está morto, mas quando este passa a ajudar a remar o barco, seu filho se diverte com a situação dizendo que o demônio sabe remar.

Como pena por ter atirado no albatroz, o marinheiro é forçado a andar pelo mundo para contar sua história, e transmitir sua lição para quem encontrar pelo caminho.


Agora veja a letra composta por Steve Harris, 8ª música do albúm Powersave:


Hear the rime of the Ancient Mariner
See his eyes as he stops one of three
Mesmerises one of the wedding guests
Stay here and listen to the nightmares
of the sea.

And the music plays on, as the bride passes by
Caught by his spell and
the Mariner tells his tale.

Driven south to the land of the snow and ice
To a place where nobody's been
Through the snow fog flies on the albatross
Hailed in God's name,
hoping good luck it brings.

And the ship sails on, back to the north
Through the fog and ice and
the albatross follows on

The mariner kills the bird of good omen
His shipmates cry against what he's done
But when the fog clears, they justify him
And make themselves part of the crime.

Sailing on and on and North across the sea
Sailing on and on and North 'til all is calm.

The albatross begins with its vengeance
A terrible curse a thirst has begun
His shipmates blame the bad luck on the Mariner
About his neck, the dead bird is hung.

And the curse goes on and on and on at sea,
And the thirst goes on and on for them and me.

Day after day, day after day,
we stuck nor breath nor motion
As idle as a painted ship upon a painted ocean
Water, water everywhere and
all the boards did shrink
Water, water everywhere nor any drop to drink.

There, calls the Mariner,
there comes a ship over the line
But how can she sail with no wind
in her sails and no tide.

See...onward she comes
Onward she nears, out of the sun
See...she has no crew
She has no life, wait but there's two

Death and she life in Death,
they throw their dice for the crew
She wins the Mariner and he belongs to her now.
Then...crew one by one
They drop down dead, two hundred men
She...She, Life in Death,
She lets him live, her chosen one.

"One after one by the star dogged moon,
too quick for groan or sigh
Each turned his face with a ghastly pang,
and cursed me with his eye
Four times fifty living men
(and I heard nor sigh nor groan),
with heavy thump, a lifeless lump,
they dropped down one by one."

The curse it lives on in their eyes
The Mariner he wished he'd die
Along with the sea creatres
But they lived on, so did he.

And by the light of the moon
He prays for their beauty not doom
With heart he blesses them
God's creatures all of them too

Then the spell starts to break
The albatross falls from his neck
Sinks down like lead into the sea
Then down in falls comes the rain.

Hear the groans of the long dead seamen
See them stir and they start to rise
Bodies lifted by good spirits
None of them speak
and they're lifeless in their eyes.

And revenge is still sought, penance starts again
Cast into a trance and the nightmare carries on.

Now the curse is finally lifted
And the Mariner sights his home
Spirits go from the long dead bodies
Form their own light and
the Mariner's left alone.

And then a boat came sailing towards him
It was a joy he could not believe
The pilots boat, his son and the hermit.
Penance of life will fall onto Him.

And the ship sinks like lead into the sea
And the hermit shrieves the Mariner of his sins.

The Mariner's bound to tell of his story
To tell his tale wherever he goes
To teach God's word by his own example
That we must love all things that God made.

And the wedding guest's a sad and wiser man
And the tale goes on and on and on.


Tradução:


Ouça a história do velho marinheiro
Veja seus olhos enquanto ele para um de cada três
Hipnotiza um dos convidados do casamento
Fique ali e ouça sobre os pesadelos dos mares

E a música toca, enquanto a noiva passa por perto
Cativada pelo seu encanto e o marinheiro conta sua história

Levado ao sul da terra da neve e gelo
Para um lugar onde ninguém esteve
Atravessando as tempestades de neve voava um albatroz
Gritou em nome de deus, esperança de boa sorte ele trazia

E o navio navegava de volta ao norte
Através do nevoeiro e gelo e o albatroz o seguia

O marinheiro matou o pássaro da boa nova
Seus companheiros gritaram contra o que ele havia feito
Mas quando o nevoeiro sumiu eles o perdoaram
E se tornaram parceiros de crime

Navegando e navegando para o norte através do mar
Navegando e navegando para o norte
Até que tudo estivesse calmo

O albatroz começou a sua vingança
Uma terrível maldição, uma sede começou
Os companheiros culpam o marinheiro pela má sorte
Sobre seu pescoço é pendurado o pássaro morto

E a maldição prossegue no mar
E a maldição prossegue para eles e eu

Dia após dia, dia após dia,
Estamos parados, sem vento e sem movimento
Tão parados como um navio pintado em um oceano pintado
Água, água para todo lado e toda a comida se foi
Água, água por todo lado, e nem uma gota para beber

Então gritou o marinheiro
Lá vem uma embarcação no horizonte
Mas como ele pode navegar
Sem vento e sem correntes?

Veja... ela vem em frente
Ela está se aproximando, vindo do sol
Veja, ela não tem tripulação
Ela não tem vida, espere, mas há dois

A morte e ela, a morte em vida
Jogaram os dados para a tripulação
Ela ganhou o marinheiro e ele pertence a ela agora
Então a tripulação, um a um, caíram mortos,
Duzentos homens
Ela, ela, morte em vida
Ela o deixou viver, o seu escolhido

Um a um, sobre a lua rodeada de estrelas
Rápido demais para gemer ou suspirar
Cada um virou seu rosto atormentado
E me amaldiçoou com seu olhar
Quatro vezes cinqüenta homens
(e eu não ouvi suspiro ou gemido)
Pesadamente, um vulto sem vida,
Eles caíram um em um

A maldição prosseguia nos seus olhares
O marinheiro desejou ter morrido
Juntamente com as criaturas do mar
Mas elas vivem, e ele também

E sobre a luz da lua
Ele reza para seus futuros horríveis
De coração ele as abençoa
Criaturas de deus, a todas elas também

Então o feitiço começa a se quebrar
O albatroz cai de seu pescoço
Afunda como chumbo no mar
Então cai a chuva

Escute os gemidos dos marinheiros mortos a tempo
Veja eles se moverem e começarem a levantar
Corpos levantados por bons espíritos
Nenhum deles fala e eles não tem vida em seus olhos

E a vingança ainda continua, provação começa de novo
Preso em um transe o pesadelo continua

Agora finalmente a maldição terminou
E o marinheiro avista sua casa
Espíritos saem dos corpos mortos a tanto tempo
Formam sua própria luz e o marinheiro é deixado só

E então um bote vem velejando de encontro a ele
Era uma alegria, ele não podia acreditar
O comandante do barco, seu filho e o ermitão
Pena de vida cairá sobre ele

E o navio afunda como chumbo no mar
E o ermitão perdoa o marinheiro de seus pecados

O marinheiro é destinado a contar sua história
A contar esta estória onde quer que vá
A ensinar a palavra de deus através de seu exemplo
Que nós devemos amar todas as coisas que deus fez

E o convidado do casamento é um homem mais triste e sábio
E a história continua e continua.



É por essa e outras que Iron é a melhor banda do mundo.

quinta-feira, 2 de abril de 2009

Iron Maiden, Heavy Metal, História, Cultura e emoção!


Em uma das músicas lendárias do Iron Maiden, "Aces High" sua introdução nada mais é que um discurso de Winston Churchill (Estadista britânico, gênio militar, historiador, prêmio Nobel de Literatura e estrategista geopolítico. O homem certo no lugar certo na hora certa. Assim podemos definir Winston Churchill (1874-1965), que no suposto crepúsculo de sua vida política tornou-se o líder de um Reino Unido em guerra de vida ou morte ante um inimigo poderoso. Em seus eletrizantes discursos irradiados pela BBC conclamou os ingleses a resistir e nunca, nunca se renderem ao totalitarismo nazi-fascista. O Império resistiu e a ele juntou-se o mais formidável aliado, os Estados Unidos da América (v. comunidade Franklin Roosevelt) em torno do qual as Nações Unidas extirparam a ameaça hitlerista. Esse grupo é uma homenagem a Churchill, considerado o maior estadista britânico de todos os tempos, que deixou ao mundo além de sua obra política, o legado literário de "Memórias da Segunda Guerra Mundial" e a "História dos Povos de Língua Inglesa".)...
Durante a 2ª Guerra, momentos antes do o imenso ataque aéreo realizado pelas tropas alemães, no intuito de devastar a RAF (força aérea britânica) e bombardear Londres, (retratado no filme "A Batalha Britânica"), Churchill foi às rádios falar para a nação britânica na Câmara dos Comuns em em 4 de Junho de 1940, durante os ataques da Alemanha nazista na Segunda Guerra Mundial: . Segue abaixo um trecho do discurso.


"...We shall go on to the end, we shall fight in France, we shall fight onthe seas and the oceans, we shall fight with growing confidence and growingstrength in the air, we shall defend our Island, whatever the cost may be.We shall fight on the beaches, we shall fight on the landing grounds, weshall fight in the fields and in the streets, we shall fight in the hills. And, we shall never surrender..."


Tradução: "


...Nós iremos até o fim. Nós lutaremos na França, lutaremos nos marese oceanos, lutaremos com companheirismo e força cada vez maior noar, defenderemos nossa ilha, a qualquer custo.Lutaremos nas praias, lutaremos nas áreas de pouso, lutaremosnos campos e nas ruas, nós lutaremos nas colinas. E, nós nunca nosrenderemos!"


É por isso é muito mais que...


Up the irons!!!