Ariano Intenso - Cinéfilo - Fã de Star Wars, Iron Maiden, fotografia, arte e cerveja.

quinta-feira, 20 de outubro de 2016

Daphne, o loureiro e a mediocridade



O deus Apolo persegue a ninfa Daphne pelo bosque. Está apaixonado por ela, mas Daphne, sempre cortejada por todos, não aguenta mais o seu próprio brilho, e pede ajuda aos deuses, dizendo: “destrói esta beleza que nunca me deixa em paz”.

Os deuses escutam o apelo de Daphne e a transformam numa árvore, o loureiro.

Apolo não consegue mais encontrá-la, pois agora ela é apenas uma parte da vegetação.

Daphne agiu de uma maneira que todos nós conhecemos bem: muitas vezes matamos nossos talentos, porque não sabemos o que fazer com eles. É mais confortável a mediocridade de ser apenas “mais um”, do que a luta para mostrar tudo àquilo do que somos capazes de fazer com os dons que Deus nos deu.


Por Paulo Coelho