Ariano Intenso - Cinéfilo - Fã de Star Wars, Iron Maiden, fotografia, arte e cerveja.

segunda-feira, 24 de agosto de 2015

O Retrato de Dorian Gray



Influenciar uma pessoa é dar-lhe a nossa própria alma.
O indivíduo deixa de pensar com os seus próprios pensamentos ou de arder com as suas próprias paixões.
As suas virtudes não lhe são naturais.
Os seus pecados, se é que existe tal coisa, são tomados de empréstimo.
Torna-se o eco de uma música alheia, o ator de um papel que não foi escrito para ele.
O objetivo da vida é o desenvolvimento próprio, a total percepção da própria natureza, é para isso que cada um de nós vem ao mundo.
Hoje em dia as pessoas têm medo de si próprias. Esqueceram o maior de todos os deveres, o dever para consigo mesmos.
É verdade que são caridosas. Alimentam os esfomeados e vestem os pobres.
Mas as suas próprias almas morrem de fome e estão nuas.
A coragem desapareceu da nossa raça e se calhar nunca a tivemos realmente.
O temor à sociedade, que é a base da moral, e o temor a Deus, que é o segredo da religião, são as duas coisas que nos governam.


(em O Retrato de Dorian Gray)

sábado, 21 de março de 2015

A que ponto chegamos!


Podemos afirmar que hoje em dia, alguns eleitores se comportam como torcedores fanáticos de futebol.
A dicotomia política já se faz tão bilateral, que a rivalidade entre defensores do governo e opositores está tão ácida, carregada de ódio e cheia de tensão como as organizadas num clássico de Flamengo x Vasco ou São Paulo x Corinthians.
São os “Petralhas” vs “Coxinhas” dos gramados das mídias sociais.
O mais curioso são pessoas dotadas de consideráveis níveis de intelecto, quociente de Inteligência invejável, que se deixam cair nas provocações e se inflamam nas discussões; perdem a razão, a retórica e até a elegância; exalam o aroma da cólera através de estúpidas farpas e trocas de acusações baratas.
Independente das mazelas e a situação delicada que se encontra o país, não vale a pena perder a admiração de um colega ou arranhar uma amizade por conta de sigla ou cores de partido.
Em suma, os políticos são infinitamente remunerados para se aliarem no viés de cada vez ganharem mais, enquanto nós a troco de nada perdemos tempo, momentos e até a inteligência de vivermos em sociedade.