Ariano Intenso - Cinéfilo - Fã de Star Wars, Iron Maiden, fotografia, arte e cerveja.

quinta-feira, 19 de agosto de 2010

Novo álbum do Iron Maiden: The Final Frontier


O décimo quinto álbum de estúdio do Iron Maiden, que foi lançado em 13 de agosto de 2010 na Alemanha e na Austrália, e 16 de agosto de 2010 mundialmente, tendo sua pré-turnê marcada para começar entre agosto e outubro de 2010, no Canadá e EUA. Com 76 minutos e 34 segundos de duração, é o álbum de estúdio da banda mais longo até agora. Ele será o seu primeiro álbum de estúdio desde o lançamento do A Matter of Life and Death em 2006[1].

Depois de 30 anos do lançamento de seu álbum auto-entitulado em 1980, The Final Frontier será o 15° álbum de estúdio, conquistando a notável média de um novo álbum a cada dois anos durante 30 anos e totalizando mais de 80 milhões de álbuns vendidos neste período.

The Final Frontier World Tour começa em Dallas em 9 de junho com 25 shows em grandes cidades dos EUA e Canadá, tocando para 350.000 fãs ou mais. Em seguida a tour embarca para a Europa, a partir de Dublin em 30 de julho e toca em alguns dos maiores festivais e estádios, indo finalmente para Valencia, Espanha, em 21 de agosto, e incluindo um show na Transylvania. Melvyn Grant, Um colaborador de longa data a arte da banda, criou a arte da capa do álbum.

Visão global:

Em 22 de abril de 2009 , durante uma entrevista na rádio Rock da promoção do Iron Maiden: Flight 666, Nicko McBrain revelou que o Iron Maiden tinha reservado tempo de estúdio para o início de 2010.

Em 4 de março de 2010, o título do álbum foi anunciado como The Final Frontier, Juntamente com América do Norte e as datas de turnê européia para o verão 2010.

Em 5 de junho, o site oficial da banda abriu para uma tela de contagem regressiva que contou até 00:01 (UTC) em 8 de junho. No final da contagem regressiva, o esperado anúncio revelou a capa do álbum, data de lançamento e anúncio faixa, bem como proporcionar um download gratuito da faixa "El Dorado".

Em 13 de julho, foi anunciado que, assim como o tradicional lançamento nas lojas, o álbum será lançado como um iTunes LP, um download digital e um coletor limitado da "Mission Edition", contendo entrevistas e um jogo intitulado "Mission II: Rescue & Revenge".


Produção:

Em 2 de novembro de 2009 , Janick Gers confirmou à BBC News que a banda já tinha material novo escrito e que a cabeça para Paris ,França, para começar a compor e ensaiar o volume para o novo álbum. A banda teve tempo de folga para o Natal e Ano Novo antes de gravar o novo álbum em Janeiro, com Kevin Shirley produzindo. Em outra entrevista com heavy metal DJ Eddie Trunk, o baterista Nicko McBrain confirmou que a banda tinha acabado de escrever oito canções para o novo álbum, que afirmou que provavelmente será lançado em 2011.

A banda se reuniu com o produtor de longa data Kevin "Caveman" Shirley no começo de 2010 no Compass Point Studios, em Nassau, para gravar o álbum, e depois foi a Los Angeles para finalizar as gravações e fazer a mixagem. O Compass Point Studio é velho conhecido da banda, pois foi onde gravaram Piece of Mind (1983), Powerslave (1984) e Somewhere in Time (1986).

Em 6 de abril, o produtor Kevin Shirley disse ao Blabbermouth.net que tinha concluído a mixagem do novo álbum.

Em 6 de maio, Kevin Shirley comentou sobre a fase final de produção do álbum:

"Bruce Dickinson voou a alguns dias e cantou todas as suas partes antes de voar para os quatro cantos do globo e Steve Harris ficou para trás para terminar o disco comigo. Ele é muito prático. Adrian Smith chegou a tempo de ouvir o trabalho, e como em qualquer banda, nem todos têm o mesmo resultado final em mente, mas nós chegaremos lá."

Sobre o retorno da banda para Compass Point Studios, Onde havia gravado anteriormente na década de 1980, o vocalista Bruce Dickinson comentou:

"O estúdio tem a mesma vibração e é exatamente como era em 1983. NADA mudou! Até um abajur quebrado no canto... o mesmo carpete... tudo... É realmente assustador. Mas nos sentimos muito à vontade em um ambiente tão familiar e onde já vivemos tanto e eu acho que isto surtiu efeito na maneira de tocar e na atmosfera do álbum."

Comenta o baixista e fundador Steve Harris:

"Estamos muito empolgados sobre esta tour. Acho que os fãs realmente gostarão da nova produção de palco e luzes e também lançaremos uma das novas faixas do álbum, "El Dorado". Nossos fãs do Texas serão os primeiros a ouví-la e será interessante ver a sua reação e como funcionará com a multidão nesta noite. Eddie estã um pouco diferente nesta tour, e é possívelmente o mais agressivo até hoje... Não posso falar muito dele pois não quero estragar a surpresa, mas garanto que ele vai apavorar vocês!"

Em IMTV foi dito que o álbum foi escrito primeiramente por Adrian e Steve , e será um de seus álbuns proggiest. Steve Harris também nega a ligação entre a palavra final e o fim da banda. Ele afirma que eles vão fazer outros álbuns e turnês!

Canções:

O álbum é o quarto em que Steve Harris recebe créditos de escrita por cada faixa, como em Killers, Brave New World, e A Matter of Life and Death.

"El Dorado", O primeiro single do álbum, foi lançado como um download digital em 8 de junho.

Em 1 de julho entrevista com Billboard.com, o guitarrista Dave Murray discutido o tema da música "When the Wild Wind Blows", terceira música mais longa da banda até à data, depois de "Rime of the Ancient Mariner" (Powerslave) e "Sign of the Cross" (The X Factor):

"O ritmo é um pouco diferente do que fizemos antes, e há muitas melodias... É uma grande canção. Aprendemos em seções apenas porque era um arranjo tão complexo, mas soa muito natural."

Em 9 de julho , um vídeo teaser para primeira faixa do álbum, "Satellite 15... The Final Frontier", foi lançado. O pleno vídeo da música, o primeiro do álbum, foi lançado em 13 de julho.

Janick Gers foi entrevistado pela Ultimate Guitar em 15 de julho, discutido som global do álbum:

"Nós estamos levando isso ao extremo. A canção que nós liberados, não é indicativo do resto do álbum. Há tantas diferentes sensações e formas de tocar. Passamos por algumas atitudes diferentes e levá-lo a lugares diferentes. Há várias músicas temáticas e algumas muito variadas."

Recepção:


The Final Frontier tem recebido críticas bastante positivas.

Metal Hammer publicou um guia faixa-por-faixa para o álbum em 16 de julho, chamando-lhe "um álbum exigente, mas que a maioria dos fãs do Maiden vão absolutamente adorar..."

O álbum foi revisto pela Classic Rock em 23 de julho, sendo elogiado como "densamente camadas e substancial", bem como "maravilhosamente complexo e desarmante ritmo". Resumindo o álbum como "uma tomada fresca em um som que tem resistido admiravelmente três décadas de modas e modismos", a revista publicou uma avaliação de nove em cada dez.

Em 23 de julho de revisão, MusicRadar chamou o álbum de "uma obra cheia de emoção hipnótico, a estrutura não-convencional e estonteante visão", acrescentando que "o Iron Maiden ter colocado um novo garfo na estrada metal bem pesado pisada, e eles poderiam ter alterado o curso da arte para o bem".

Rock Sound deu ao álbum uma classificação de oito entre dez e disse que o "álbum pode soar estranho num primeiro momento, mas o DNA do Iron Maiden é salpicada por toda parte."

Kerrang! classificou o album, quatro dos cinco, dizendo que o álbum foi "um recorde que ainda vai rolar sobre você no período de uma década."

The Quietus revista o álbum em 11 de agosto, comentando que o "The Final Frontier leva tempo, é preciso esforço, mas é esmagadoramente brilhante. Eles não têm apenas servido a opção mais fácil - que teria sido chato para nós, e mais importante que você sente, chata para eles."

Allmusic classificou o album 3.5/5 dizendo: "The Final Frontier traz ainda um Iron Maiden mais perto do seu legado estético e triunfante ano 2000 renascimento dos seus dois antecessores."

Faixas:

A lista de faixas e música para os créditos de The Final Frontier são as seguintes:

1. "Satellite 15... The Final Frontier" Smith, Harris 8:40
2. "El Dorado" Smith, Harris, Dickinson 6:49
3. "Mother of Mercy" Smith, Harris 5:20
4. "Coming Home" Smith, Harris, Dickinson 5:52
5. "The Alchemist" Gers, Harris, Dickinson 4:29
6. "Isle of Avalon" Smith, Harris 9:06
7. "Starblind" Smith, Harris, Dickinson 7:48
8. "The Talisman" Gers, Harris 9:03
9. "The Man Who Would Be King" Murray, Harris 8:28
10. "When the Wild Wind Blows" Harris 10:59

Total: 76:34 Minutos

As vendas e o impacto:

Conforme Music Week, o álbum já garantiu uma posição número 1 nas paradas do Reino Unido apenas um dia após o lançamento. O álbum vendeu 22.000 cópias em um dia no Reino Unido, batendo Recovery do Eminem que vendeu 7.000 cópias em uma semana.

O álbum é o álbum de estúdio da banda a estrear no número um nas paradas de álbuns no UK Albums Chart desde 1988 no álbum Seventh Son of a Seventh Son.

Integrantes:

Iron Maiden
Bruce Dickinson - Vocal
Dave Murray - Guitarra
Janick Gers - Guitarra
Adrian Smith - Guitarra e backing vocals, sintetizador e programação de tambor (em "The Final Frontier")
Steve Harris - Baixo, teclados e backing vocals
Nicko McBrain - Bateria, percussão

Produção:

Kevin Shirley - Produtor
Melvyn Grant - Arte da Capa

segunda-feira, 7 de junho de 2010

Como lidar com chefes tóxicos


Um chefe tóxico contamina todo o ambiente com seu comportamento. Ele é aquele que nega, com atitudes, os valores da empresa em que trabalha. Ele não conhece o limite que separa a pressão por resultados da falta de respeito pela equipe. Ele desrespeita as pessoas no tom de voz, no discurso, no excesso de centralização e na incapacidade de fazer com que elas cresçam. A especialidade do chefe tóxico é dar ordens, sem se preocupar com o coletivo. A ele falta a capacidade de liderar e inspirar pessoas. Um chefe assim não é modelo para ninguém. Ele não atrai nem retém os melhores talentos na própria equipe porque simplesmente sufoca e anula o que seus funcionários têm de melhor. Quem tem um chefe tóxico conhece os estragos que essa relação pode trazer para a saúde, para a carreira e até para a empresa que aceita esse tipo de comportamento. Contudo, tanto quem responde para um profissional com esse perfil quanto quem só ouviu dizer que ele existe não entende muito bem por que, afinal, as empresas ainda toleram essas pessoas. Para responder a essa pergunta — e também para apontar o melhor caminho para quem não quer ser envenenado por um chefe assim — VOCÊ S/A reuniu, no mês passado, especialistas em gestão de pessoas, executivos e leitores da revista para discutir o assunto. Você pode ver quem é cada um dos convidados nas páginas anteriores. O resultado da discussão você confere ao longo desta reportagem. Nas laterais das páginas, em verde, você ainda encontra a sugestão dos especialistas para resolver casos reais de chefes tóxicos relatados por leitores no Malhe Seu Chefe, do site da VOCÊ S/A.

DILEMAS NOCIVOS
Para começar, a resposta dos convidados à nossa questão inicial é que chefes nocivos são mantidos nas empresas por dois fatores principais: o resultado que entregam e a invisibilidade que suas toxinas podem ter para quem não está sob o mesmo guarda-chuva. “As empresas toleram pessoas com comportamento inadequado porque elas entregam resultados no curto prazo”, diz Felipe Westin, diretor da área de desempenho organizacional da Right Management. “O que ocorre muitas vezes é que, com a desculpa de buscar resultados a qualquer custo, os chefes ultrapassam a linha tênue que separa a pressão por resultados do desrespeito à dignidade humana”, diz Marco Tulio Zanini, professor da Fundação Dom Cabral, de Minas Gerais. “Avançar essa linha é inadmissível em qualquer circunstância.” O problema é que os limites de conduta se tornam ainda mais frágeis em um ano de crise econômica. Segundo um estudo da consultoria McKinsey, mais de 80% dos executivos reportam que as empresas onde trabalham estão mais focadas em resultados de curto prazos, mais rigorosas a aprovação de custos e ainda passaram a controlar as atividades com maior frequência. É o cenário ideal para a ocorrência de abusos, conscientes ou não. Há uma boa notícia, no entanto. Apesar de toda competitividade e guerra para crescer, as companhias começaram a perceber que acolher pessoas tóxicas nem sempre é bom negócio. “Antigamente, os funcionários eram avaliados apenas pelo resultado que alcançavam. Hoje, o comportamento também compõe a avaliação de desempenho”, diz Felipe, da Right. “A promoção de um profissional depende também de sua atitude e da forma como lida com as pessoas.” Basicamente, as empresas começam a perceber que, no longo prazo, os chefes tóxicos geram destruição. “As companhias aprendem que os resultados apresentados por esses profissionais não são sustentáveis”, diz Maria Lúcia Ginde, diretora de recursos humanos da Kimberly-Clark. A falta de sustentabilidade a que ela se refere está relacionada à continuidade do negócio e também das equipes. Um dos maiores sintomas da contaminação do ambiente, aliás, é a perda dos melhores profi ssionais de uma equipe. Um chefe tóxico não é capaz de reter talentos — um recurso caro para as empresas. “Mesmo que tenha funcionários capacitados, um chefe desses tem o dom de desmotivar um a um, utilizando as ideias do grupo para se autopromover”, diz Thiago Grossi, de 29 anos, coordenador de suprimentos corporativo da International Paper. “Felizmente, hoje em dia, a sociedade está mandando para dentro das organizações pessoas que não deixam que façam com elas o que outras gerações deixaram”, diz Rolando Pelliccia, diretor do Hay Group.


CHEFE OU LÍDER
“Quem tem um cargo de chefi a e não sabe liderar não vai alcançar resultados no longo prazo”, diz Rodrigo Drysdale, diretor de marketing da Warner Bros. Para ele, o que difere o chefe do líder é que o primeiro dá as ordens e o segundo sabe motivar e serve de exemplo para toda a equipe. “O chefe tóxico traz resultados a qualquer custo, pensando no curto prazo e muitas vezes comprometendo o longo prazo”, diz Claudia Elisa Soares, diretora de RH do Grupo Pão de Açúcar. Por outro lado, o líder é aquele que inspira, que obtém resultado fazendo com que todos deem o melhor de si numa relação de ganha-ganha com a empresa. Para Rolando, do Hay Group, o ideal para qualquer companhia é ter o chefe e o líder na mesma pessoa. “Para o RH, é uma decisão difícil abrir mão de um funcionário que entrega. Mas chega um momento em que é inevitável”, diz Maria Lúcia, da Kimberly. “Já vivi isso muitas vezes. A opção por demitir esse tipo de pessoa ocorre quando a empresa enxerga a destruição que ela causa”, diz.

VENENO INVISÍVEL
O que ocorre muitas vezes é que as organizações demoram demais para perceber a estruição causada por maus gestores. Nem sempre o veneno é visível a ponto de incomodar quem não está sob o mesmo guarda-chuva. É a tal da invisibilidade o segundo fator que leva muitas companhias a tolerar pessoas com esse perfi l de comportamento. Em casos assim, quem se sente prejudicado precisa dar sinais claros da sua intoxicação. Uma atitude difícil — e arriscada — em grande parte dos casos. Luciara Batista Lubrand, de 25 anos, que o diga. Formada em pedagogia, ela trabalhava havia três anos numa grande instituição financeira quando decidiu dar um feedback ao seu gestor antes de sair de férias. “O clima na agência estava insuportável e eu achei melhor dizer isso ao chefe. Quando voltei ao trabalho, fui demitida”, diz Luciara, que trabalhava como assistente da gerência. Embora não tenha surtido o resultado esperado, a atitude que Luciara tomou, de tentar uma comunicação direta e franca com o gestor, é a mais recomendada pelos profi ssionais e especialistas que participaram da mesa-redonda e ouviram o seu relato. Os nove participantes foram unânimes ao dizer que os profi ssionais que querem aprender a lidar com um chefe tóxico devem tentar estabelecer um diálogo sincero — e cheio de tato — com ele. “Eu já dei um feedback a um gestor e o resultado foi positivo para todos. Foi o contrário do que ocorreu com a Luciara”, conta Thiago, da International Paper. “Muitas vezes o chefe não sabe que está fazendo mal para uma equipe,” diz Rodrigo, da Warner Bros, que também já sofreu nas mãos de um chefe tóxico, que chefi ava pelo terror, e não pela motivação. Claudia Elisa, do Grupo Pão de Açúcar, concorda: “Conheço muito gestor que não tinha noção do impacto que causava nas pessoas até que alguém tomou coragem e falou para ele”.

GESTÃO DE RISCO
Claro que, antes de tomar a decisão de falar com o chefe tóxico sobre a destruição que ele causa, você deve considerar os riscos que corre. Quando se trata de uma pessoa com esse perfil, é grande a possibilidade de você sofrer uma retaliação, como a que Luciara recebeu Avalie seus propósitos e seus objetivos. Vale a pena investir num diálogo que possivelmente será desgastante para tentar reverter a destruição que seu chefe causa? Você realmente quer continuar na equipe, na área e na empresa? Se estiver numa companhia pequena, com poucas chances de crescer e tiver performance acima do padrão dela, é melhor nem pagar para ver. Para esse caso a recomendação é, de cara, buscar uma recolocação. Se, ao contrário, você achar que vale o esforço, a recomendação é dizer cuidadosamente como o comportamento do chefe tem impacto sobre você — pessoal e profissionalmente. A conversa deve ser cautelosa e baseada em fatos. Não vá apenas com impressões. Reúna exemplos do comportamento do chefe e do desgaste que ele gerou.

FALTA DE CONFIANÇA
Embora seja a recomendação número 1 dos especialistas, nem sempre é viável falar diretamente com um chefe tóxico sobre os problemas que seu comportamento causa. Além disso, nem sempre uma conversa difícil como essa surte algum resultado. “Se o gestor não estabelecer confi ança com a equipe, dificilmente alguém vai ter abertura para uma conversa dessas”, diz Marcelo de Lucca, diretor da Michael Page, empresa especializada em recrutamento de executivos. Para casos assim, a recomendação é recorrer aos canais de denúncia anônima, que muitas empresas mantêm para apurar casos de mau comportamento. “As denúncias são encaminhadas à área de RH, que tem o papel de guardiã da cultura e dos valores da companhia”, diz Claudia Elisa, do Grupo Pão de Açúcar. Depois de averiguar a denúncia, o RH deve buscar o gestor do chefe denunciado para obter informações. “Perguntamos se ele já notou alguma coisa. Normalmente, ele já tem conhecimento da ‘toxicidade’ do funcionário”, diz ela. Se a denúncia anônima também não surtir resultados, ou se a empresa não tiver um canal desse tipo, talvez seja o caso de levar o problema à área de recursos humanos. Essa possibilidade existe desde que o RH da sua empresa seja de fato uma área preocupada com o bem-estar das pessoas. Se ainda for um setor burocrático, nem adianta considerar a ideia. “Em muitas empresas, o RH ainda cuida da folha de pagamento e não tem poder para encarar um problema assim, que prejudica a empresa como um todo”, diz Felipe Westin, da Right. Se não houver opção, há a possibilidade de levar o problema diretamente ao chefe do seu chefe. Essa decisão pode ser ainda mais arriscada do que a primeira — a de falar diretamente com o tóxico. Não basta ter tato para conduzir a conversa. É essencial avaliar a cultura da organização, saber se ela aceita que um funcionário tome esse tipo de atitude. “Fazer um bypass no Brasil é muito complicado, porque quebra a lealdade, prejudica a imagem”, diz Felipe, da Right Management. “No Brasil, as relações são baseadas em lealdade pessoal, não em confi ança. Quando você toma uma atitude dessas, quebra a lealdade e passa a ser visto com desconfi ança”, diz Marco Tulio, da Fundação Dom Cabral. Quanto mais hierarquizada for sua corporação, maiores são as chances de essa atitude ser mal interpretada. Em ambientes informais ela tem mais chances de ser bem aceita.

PROMOÇÕES TORTAS
De qualquer forma, antes de fazer esse movimento, vale lembrar que, muitas vezes, seu chefe chegou à posição que ocupa pelas mãos do gestor dele. Ou seja, ao demiti-lo, o gestor do tóxico deve assumir que errou. “Se for esse o caso, o gestor pode tentar proteger o tóxico para não demonstrar sua incompetência na escolha e na promoção desse profi ssional”, lembra Felipe, da Right Management. O erro de promover excelentes técnicos a cargos de chefia é mais comum do que imaginamos, mesmo em grandes empresas. Muitas vezes, as companhias promovem as pessoas antes da hora, pelo potencial que têm. Depois, precisam correr atrás de treinamento para que elas desenvolvam competências de liderança e gerenciamento de pessoas. “Eu mesma já recrutei pessoas erradas para cargos de liderança e tive de demitir depois. Errei também porque demorei para demiti-las”, diz Maria Lúcia, da Kimberly-Clark. “Muitas vezes uma promoção errada faz com que a empresa perca um excelente técnico para ganhar um péssimo gestor”, diz Marcelo, da Michael Page.

NINGUÉM NASCE GERENTE
Qualquer que seja o meio de denúncia utilizado, o primeiro objetivo do profi ssional é fazer com que esse chefe receba um feedback e mude seu comportamento. Mas será que um tóxico tem recuperação? Segundo Rolando, do Hay Group, depende do tipo de veneno. “Se o mau comportamento for baseado em atitudes antiéticas, esse indivíduo não tem recuperação e não deve ter outra oportunidade.” Comportamento que cria assédio sexual é outro que não tem salvação. “Minha experiência mostra que, no máximo, 10% ou 20% das pessoas que têm problemas sérios de comportamento conseguem mudar”, diz Felipe, da Right Management. Quando se trata apenas de um gap de competência do chefe, a situação pode ser reversível. Por exemplo, quando ele é uma pessoa de confi ança e até é bem intencionada, mas não deixa os subordinados crescerem — o que é um comportamento tóxico —, essa característica pode ser revertida com treinamento e coaching. Segundo Maria Lúcia, da Kimberly- Clark, cabe ao RH oferecer apoio.

FIM DE CASO
Se você já tentou de tudo, se já demonstrou sua insatisfação e os impactos do mau comportamento de seu chefe e não obteve retorno — ou até conseguiu retorno, mas não viu a situação mudar —, é mesmo hora de buscar uma recolocação. Uma boa estratégia pode ser a de definir — e comunicar — um prazo limite. “Diga a seu gestor, ou ao RH, que você está disposto a esperar mais três meses por alguma mudança. Deixe claro que, se nenhuma mudança ocorrer, sua saída será inevitável”, diz Claudia Elisa, do Grupo Pão de Açúcar. “Quem entrega resultados e se sente intoxicado pelo chefe deve sair debaixo dele o mais rápido possível”, diz Marco Tulio, da Fundação Dom Cabral. O alerta é para o bem da sua carreira e também da sua saúde. Se demorar demais, você poderá acabar viciado.

“Chefe tóxico é quem vai atrás do resultado certo da forma errada.”
CLAUDIA ELISA SOARES,
diretora de RH do Grupo Pão de Açúcar

“É o individualista que só se preocupa com o próprio resultado.”
FELIPE WESTIN,
diretor da Right Management

“Quem acha que as pessoas são descartáveis e substituíveis.”
LUCIARA BATISTA LUBRAND,
leitora da VOCÊ S/A

“Aquele que atinge metas apesar das pessoas, e não por meio delas.”
MARCELO DE LUCCA,
diretor executivo da Michael Page

“Quem não sabe o limite entre a pressão e o desrespeito.”
MARCO TULIO ZANINI,
professor da Fundação Dom Cabral

“Felizmente é uma espécie em extinção nas grandes empresas.”
MARIA LÚCIA GINDE,
diretora de RH da Kimberly-Clark

“É quem só dá ordens, chefia pelo terror, e não pela motivação.”
RODRIGO DRYSDALE,
diretor de marketing da Warner Bros

“Quem nega os valores da empresa com o próprio comportamento.”
ROLANDO PELLICCIA,
diretor do Hay Group

“Aquele que sufoca e não deixa nenhuma pessoa atingir os resultados.”
THIAGO GROSSI,
leitor da VOCÊ S/A

quarta-feira, 26 de maio de 2010

Vitória. É preciso merecê-la.


Para vencer é preciso investir, suar, dar o sangue, ralar, camelar, comer a grama.

É preciso se sacrificar pela vitória, mostrar a ela de modo inequívoco o quanto você está a fim de que ela aconteça de verdade em sua vida.

A vitória não vem fácil. A vitória não vem por acaso nem por engano. Quando alguma coisa dá certo desse jeito, meio sem querer e sem esforço, trata-se de sorte, de feliz coincidência, de rabo – não se trata de vitória.

Não dá para ficar sentado, esperando pela vitória, torcendo de longe para ela acontecer, exigindo do destino que ela ocorra só porque somos legais, bonitinhos e tomamos banho todo dia. Legal todo mundo é mais ou menos na mesma medida. Vitoriosos, nem todos somos. Vitória é uma questão de atitude e denodo. Não é uma questão de direito de linhagem nem de escolha divina.

Para vencer é preciso dar a cara a tapa. É preciso botar o seu na reta. Só vence quem encara o risco de perder. Só está pronto para vencer quem está preparado para perder. Espírito de samurai é fundamental. Só vive bem quem acorda toda manhã sabendo que aquele pode ser o seu último dia de vida. Ou de trabalho. Só vence uma briga, uma peleja, uma batalha quem fita o adversário de olhos bem abertos, de modo destemido, sabendo, ali, que tanto pode matar quanto morrer. O resto é covardia. E covardes não são vitoriosos.

Na vida, a começar pela vida profissional, temos na média o mesmíssimo comportamento. Queremos colher sem plantar, buscamos ganhar sem investir nem arriscar, exigimos dos outros um tratamento que não damos a ninguém, somos ótimos na hora de cobrar, de criticar, de por para baixo – e bem ruinzinhos na hora de colaborar, de contribuir, de dividir, de jogar para cima. A solidariedade, o empurrar junto, o vai que eu estou contigo, o conte comigo para o que der e vier são insumos para lá de raros nas organizações brasileiras.

E isso nos torna bem menos vitoriosos do que poderíamos ser.

quarta-feira, 19 de maio de 2010

O Mito Robin Hood, Lição para Líderes?


O historiador Eric Hobsbawn definiu como “o bandido social” o mito Robin Hood que povoou nossas infâncias em livros, seriados, histórias e estórias.

O Robin Hood do competente cineasta Ridley Scott, em cartaz nas principais salas de exibição, é um agente social que combate o absolutismo do poder real na Inglaterra, que acreditava-se ser decorrente do “direito divino” e culmina com a assinatura da Magna Carta em 1215. Nas florestas de Sherwood, ele não hesitava em transgredir as leis para fazer a justiça que acreditava ser a correta.

Um personagem sedutor revestido com a utopia universal do “bom ladrão”, que certamente tem inspirado muitos líderes a justificar suas ações, argumentando roubar dos ricos para supostamente distribuir com os pobres. Ou, se não roubam, pelo menos cometem atos inexplicáveis pelo “bem da causa”. Na realidade, alguns deles, em vez de servir a causa, nada mais fazem que servirem-se da causa, como mais cedo ou mais tarde acaba sendo revelado.

Será que num mundo de injustiças, o líder deve transgredir as leis para que uma nova lei, mais justa, possa surgir?

terça-feira, 20 de abril de 2010

O Supervisor do Inferno!


O impacto dos supervisores na saúde e bem-estar dos empregados

Falta de entendimento com o supervisor ou chefe, aumenta o risco para a depressão e outros problemas psiquiátricos no local de trabalho,” diz Brad Gilbreath da Indiana University-Purdue University em Fort Wayne. O seu estudo, publicado no jornal Work and Stresse em Psychology Today este mês, defende que o relacionamento de um trabalhador com o seu superior hierárquico é semelhante ao seu relacionamento com seu esposo(a), no que diz respeito ao seu bem estar. Um trabalho com boa remuneração ou mesmo o bom relacionamento com colegas de trabalho não superam um mau relacionamento com o supervisor.

De acordo com Psychology Today, os “Estatísticas mostram que cerca de metade dos trabalhadores tenha uma relação instável, se não miserável, com os seus supervisores.”

A Gallup relata que, dos “os empregados abandonam os seus supervisores, não as empresas.” Esta é a razão número um, pela qual os funcionários se despedem, mais do que a remuneração ou as horas de trabalho.

Se você é supervisor, encare este artigo com uam "wake up call".

Meu trabalho como consultor fez-me compreender este tipo de situações ou relacionamento supervisor-funcionário. Fiquei surpreendido pela forma como os supervisores encaram os despedimentos dos seus funcionários:

* Não tinha perfil.
* Nós sempre soubemos que provavelmente não iria aguentar.
* É o funcionamento deste tipo de trabalho.
* Eu não posso acreditar que queriam um aumento.

Em todas estas desculpas, o tema é o trabalhador é o problema. Mas a pesquisa demonstra que este não é o cerne do problema.

O estudos da Gallup e o trabalho de Brad Gilbreath confirma que a razão número as revoltas do empregado e, talvez, a razão de número uma baixa produtividade não são os trabalhadores, mas os supervisores. E o fraco desempenho dos supervisores pode afectar a saúde a longo prazo dos empregados, o que se poderá transformar num problema financeiro.

Destaco quatro tipos de maus supervisores:

O primeiro é o verdadeiro supervisor do inferno, mauzinho e poderoso, que usa a sua posição e autoridade para intimidar as pessoas. Sim, ainda existe tal abuso no mundo profissional hoje, especialmente em empresas privadas.


O segundo é incompetente. Pode ser bem-intencionado, mas sua falta da liderança e de habilidade cria eventualmente confusão e agitação nos seus subordinados até os cansar.

O terceiro é o supervisor emocionalmente incompetente. Lembro-me de uma conversa de corredor entre um colega e o seu supervisor: Enquanto o colega defendeu outro colega de trabalho que se esforçava, o supervisor, simplesmente o ignorou pela sua atitude distante e com a mente ocupada por outro assunto. Você poderia confrontar este líder com seu problema todo dia, mas no final negaria sempre tudo o que dissesse. Daniel Goleman descreve este sintoma como falta de inteligência emocional (um factor chave da eficácia da liderança).


O quarto é o supervisor posicional. Estes supervisores frequentemente encontram-se em organizações profissionais. Estão nestas posições, não por valor demonstrado para liderar e controlar, mas por intermédio da antiguidade ou da posição como sócios. Frequentemente estes supervisores são destacados, procurando fazer o mínimo, para proteger a sua posição ou emprego. Permitem que determinadas situações se verifiquem com os restantes funcionários da empresa, desde que não sofra consequências. Com excepção dos seus próprios interesses pessoais, a tomada de decisão é sempre sobre os números, e não sobre as pessoas.

Leia o Texto original em inglês:
http://insidework.net/resources/articles/entry-0000011646

sábado, 17 de abril de 2010

O Patrão Nosso de Cada Dia (Sem o trabalho eu não sou nada)


Eu quero o amor
Da flor de cactus
Ela não quis

Eu dei-lhe a flor
De minha vida
Vivo agitado

Eu já não sei se sei
De tudo ou quase tudo
Eu só sei de mim
De nós
De todo o mundo

Eu vivo preso
A sua senha
Sou enganado

Eu solto o ar
No fim do dia
Perdi a vida

Eu já não sei se sei
De nada ou quase nada

Eu só sei de mim
Só sei de mim
Só sei de mim

Patrão nosso
De cada dia
Dia após dia

quinta-feira, 15 de abril de 2010

CBF acata parecer do Departamento Jurídico que dá posse definitiva do troféu "Copa Brasil" (Taça de Bolinhas) ao São Paulo


A CBF, através de parecer do seu Departamento Jurídico, decidiu que cabe ao São Paulo Futebol Clube a posse definitiva do troféu representativo do Campeonato Brasileiro, denominado em Regulamento, no artigo 4º, Copa Brasil (Taça de Bolinhas).

O parecer do Departamento Jurídico levou em conta o Regulamento do Campeonato Brasileiro de 1987, que teve a participação de 32 clubes, divididos em duas chaves, denominadas Módulo Verde e Módulo Amarelo. O Regulamento, em seu artigo 6º, parágrafo 2º, dispunha que o campeão e vice-campeão de cada módulo disputariam, em quadrangular, os títulos de campeão e vice-campeão brasileiro de 1987 e a classificação para a Taça Libertadores da América de 1988.

Ao final do campeonato, foram classificados, pelo Módulo Verde, Flamengo e Internacional, e pelo Módulo Amarelo, Sport Clube do Recife e Guarani, o que fez a CBF, dando cumprimento ao Regulamento, marcar os jogos entre os quatro clubes.

Flamengo e Internacional se recusaram a disputar as partidas designadas, sendo declarados vencidos por W.O., e por fim o Sport sagrou-se campeão brasileiro de 1987, resultado contestado por Flamengo e Internacional, sem que esses dois clubes apresentassem razões consistentes.

Assim, em reunião da diretoria realizada em 23 de maio de 1988, a CBF, através do seu presidente Octavio Pinto Guimarães, proclamou o Sport campeão brasileiro de 1987 e o Guarani, vice, ao mesmo tempo que designou os dois clubes como representantes na Taça Libertadores da América de 1988, o que efetivamente aconteceu - Sport e Guarani disputaram a Taça Libertadores da América de 1988.

Apesar disso, a controvérsia persistiu, o que levou o Sport a ingressar em Juízo, buscando provimento judicial que o declarasse campeão brasileiro de 1987.

O clube pernambucano saiu-se vitorioso, pois o Egrégio Superior Tribunal de Justiça, ao julgar o Agravo de Instrumento nº 210.691, em 10 de março de 1999, confirmou Acórdão do Tribunal Regional Federal da 5ª Região que havia mantido sentença de 1º grau que dera ganho de causa ao Sport.

Como se verifica, sendo campeão brasileiro de 1987, o Sport, e não o Flamengo, cabe então ao São Paulo a posse definitiva do troféu Copa Brasil por ter sido o primeiro clube a conquistar o campeonato brasileiro cinco vezes alternadamente (1977, 1986, 1991, 2006 e 2007).

A decisão foi anunciada depois da Assembléia Geral Ordinária da CBF, realizada nesta quarta-feira, que aprovou por unanimidade os relatórios de Atividade e Financeiro da entidade em 2009.
O presidente Ricardo Teixeira entregará o troféu Copa Brasil, em data a ser marcada, ao presidente da Federação Paulista de Futebol, Marco Polo Del Nero, que o repassará ao São Paulo.

http://www.cbf.com.br/destaques/parecertacabolinhas.pdf