Ariano Intenso - Cinéfilo - Fã de Star Wars, Iron Maiden, fotografia, arte e cerveja.

quarta-feira, 26 de maio de 2010

Vitória. É preciso merecê-la.


Para vencer é preciso investir, suar, dar o sangue, ralar, camelar, comer a grama.

É preciso se sacrificar pela vitória, mostrar a ela de modo inequívoco o quanto você está a fim de que ela aconteça de verdade em sua vida.

A vitória não vem fácil. A vitória não vem por acaso nem por engano. Quando alguma coisa dá certo desse jeito, meio sem querer e sem esforço, trata-se de sorte, de feliz coincidência, de rabo – não se trata de vitória.

Não dá para ficar sentado, esperando pela vitória, torcendo de longe para ela acontecer, exigindo do destino que ela ocorra só porque somos legais, bonitinhos e tomamos banho todo dia. Legal todo mundo é mais ou menos na mesma medida. Vitoriosos, nem todos somos. Vitória é uma questão de atitude e denodo. Não é uma questão de direito de linhagem nem de escolha divina.

Para vencer é preciso dar a cara a tapa. É preciso botar o seu na reta. Só vence quem encara o risco de perder. Só está pronto para vencer quem está preparado para perder. Espírito de samurai é fundamental. Só vive bem quem acorda toda manhã sabendo que aquele pode ser o seu último dia de vida. Ou de trabalho. Só vence uma briga, uma peleja, uma batalha quem fita o adversário de olhos bem abertos, de modo destemido, sabendo, ali, que tanto pode matar quanto morrer. O resto é covardia. E covardes não são vitoriosos.

Na vida, a começar pela vida profissional, temos na média o mesmíssimo comportamento. Queremos colher sem plantar, buscamos ganhar sem investir nem arriscar, exigimos dos outros um tratamento que não damos a ninguém, somos ótimos na hora de cobrar, de criticar, de por para baixo – e bem ruinzinhos na hora de colaborar, de contribuir, de dividir, de jogar para cima. A solidariedade, o empurrar junto, o vai que eu estou contigo, o conte comigo para o que der e vier são insumos para lá de raros nas organizações brasileiras.

E isso nos torna bem menos vitoriosos do que poderíamos ser.

quarta-feira, 19 de maio de 2010

O Mito Robin Hood, Lição para Líderes?


O historiador Eric Hobsbawn definiu como “o bandido social” o mito Robin Hood que povoou nossas infâncias em livros, seriados, histórias e estórias.

O Robin Hood do competente cineasta Ridley Scott, em cartaz nas principais salas de exibição, é um agente social que combate o absolutismo do poder real na Inglaterra, que acreditava-se ser decorrente do “direito divino” e culmina com a assinatura da Magna Carta em 1215. Nas florestas de Sherwood, ele não hesitava em transgredir as leis para fazer a justiça que acreditava ser a correta.

Um personagem sedutor revestido com a utopia universal do “bom ladrão”, que certamente tem inspirado muitos líderes a justificar suas ações, argumentando roubar dos ricos para supostamente distribuir com os pobres. Ou, se não roubam, pelo menos cometem atos inexplicáveis pelo “bem da causa”. Na realidade, alguns deles, em vez de servir a causa, nada mais fazem que servirem-se da causa, como mais cedo ou mais tarde acaba sendo revelado.

Será que num mundo de injustiças, o líder deve transgredir as leis para que uma nova lei, mais justa, possa surgir?